A balança comercial do Rio Grande do Norte registrou, entre janeiro e maio de 2024, o melhor desempenho desde 2018. O saldo da variação entre exportações e importações foi de US$ 249,6 milhões, o que representa uma alta de 160% em relação ao montante registrado no mesmo período do ano passado, quando o superávit foi de US$ 96 milhões.
Entre janeiro e maio de 2024, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, as exportações potiguares somaram US$ 456,2 milhões, ultrapassando com folga os US$ 246,5 milhões de 2023. Já as importações atingiram US$ 206,3 milhões, superando os US$ 150,5 milhões do ano passado.
O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Sílvio Torquato, comemorou os resultados nas operações comerciais potiguares. Ele aponta para a recuperação e o fortalecimento de áreas estratégicas, como a do petróleo, a partir da recuperação das operações petrolíferas em campos onshore (em terra). Somente em maio deste ano, os óleos combustíveis representaram 54% das vendas ao mercado exterior.
“Esse aumento nas exportações representa um fator positivo para a economia. Somente em maio, o saldo positivo foi de US$ 16,3 milhões. Isso é muito significativo”, pontua.
Somente em maio, as exportações somaram US$ 66,9 milhões, o que representa uma alta de 11% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já as importações totalizaram US$ 50,6 milhões, marcando um crescimento de 2% no mesmo comparativo anual.
“Também é importante falar da questão das importações, o que é favorável, pois estamos comprando máquinas e equipamentos, fortalecendo a produção de energia eólica e solar. Isso fortalece cada vez mais a nossa economia”, pontua Torquato.
Ainda em maio, de acordo com os resultados, o Rio Grande do Norte importou US$ 50,6 milhões em produtos, sendo que os equipamentos eólicos representaram 59% da pauta de compras.
Torquato ainda mencionou Singapura, Holanda, Emirados Árabes Unidos, Ilhas Virgens, Estados Unidos e Espanha como importantes destinos dos produtos potiguares no ano passado.
Além disso, os resultados deste ano também mostram o fortalecimento nas relações econômicas com novas fronteiras, especialmente com a China, que foi responsável por enviar US$ 32,92 milhões em produtos ao Rio Grande do Norte no mês de maio.
Os equipamentos voltados para o setor fotovoltaico produzidos na China lideraram as aquisições no Rio Grande do Norte. Segundo o secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico, Hugo Fonseca, o número reflete os projetos de geração de energia solar fotovoltaica centralizada. “A importação se intensificará até 2026, quando quase 11 gigawatts de potência instalada em energia solar fotovoltaica entrarão em operação”, comentou ele.
Pauta comercial (janeiro/maio):
2024
Exportação: US$ 456.186.410
Importação: US$ 206.324.732
Saldo: US$ 249.861.678
2023
Exportação: US$ 246.542.423
Importação: US$ 150.513.745
Saldo: US$ 96.028.678
2022
Exportação: US$ 274.481.386
Importação: US$ 161.773.695
Saldo: US$112.707.691
2021
Exportação: US$ 169.257.054
Importação: US$ 134.491.008
Saldo: US$ 34.766.046
2020
Exportação: US$ 114.892.960
Importação: US$ 68.322.326
Saldo: US$ 46.570.634
2019
Exportação: US$ 191.325.424
Importação: US$ 65.007.684
Saldo: US$ 126.317.740
2018
Exportação: US$ 116.838.408
Importação: US$ 60.474.249
Saldo: US$ 56.364.159.Foto:Elisa Elsie/Arquivo Assecom
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