O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou neste sábado (2) que a meta de zerar o déficit primário em 2024 é ambiciosa, porém factível.
"A meta para 2024 é muito ambiciosa, mas, se todo mundo remar na mesma direção, ela vai acontecer. E quanto antes acontecer, mais cedo vamos colher os frutos", afirmou o ministro durante participação em evento promovido pela XP em São Paulo.
O governo enfrenta o ceticismo do mercado e de integrantes do próprio governo em cumprir a meta de déficit zero em 2024, estabelecida por Haddad. Na quinta-feira, foi entregue a proposta do Orçamento do próximo ano, com a promessa de arrecadar mais R$ 168 milhões, mas não há garantia que todo esse valor será obtido, pois depende da aprovação do Congresso e até de discussão na Justiça.
Ele afirmou que o gasto tributário por meio de desonerações hoje equivale a cerca de 10% do PIB [Produto Interno Bruto], dos quais 6% em nível federal, 3% em nível estadual e 1% em nível municipal. "Com 1% desses 10% a gente ajusta as contas públicas. Não é pedir demais", disse Haddad.
O esforço fiscal e a trava do arcabouço que impede um crescimento dos gastos acima de 2,5%, acrescentou o ministro, melhoram as condições de sustentabilidade da dívida pública e podem permitir ao BC (Banco Central) sinalizar um corte não mais de 0,5 ponto percentual da Selic, mas de 0,75 ponto, defendeu o ministro.Foto:Getty
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