Em visita ao RN, ministro assegura recursos para obras de infraestrutura hídricas

Os recursos necessários para execução das obras hídricas no Rio Grande do Norte, contempladas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-3), estão garantidos. 

O anúncio foi feito nesta terça-feira (22) pelo ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), Waldez Góes, em Nova Barra de Santana, município de Jucurutu, após visita à Barragem de Oiticica em companhia da governadora Fátima Bezerra, além de participar de encontro com a comunidade local e prefeitos da região.

As obras de infraestrutura hídrica que integram o PAC preveem investimentos no valor de R$ 6,5 bilhões, sendo o Ramal do Apodi da Transposição, a principal delas.
Além de Oiticica, um reservatório com capacidade para acumular 590 milhões de metros cúbicos de água no leito do rio Piranhas/Açu, o ministro e a governadora fizeram um sobrevoo à Barragem Passarem das Traíras e ao sistema de adutoras que vai levar água para os municípios do Seridó.

"Estamos diante de um novo momento para o Seridó. A Barragem de Oiticica, somada ao Sistema Adutor do Seridó, trará aquilo que é uma conquista civilizatória: segurança hídrica para toda a região pelos próximos 50 anos”, disse a governadora Fátima Bezerra, que acompanhou o ministro.

O prazo para conclusão de Oiticica vai até o final do primeiro semestre de 2024. “Para tanto, os esforços estão em curso”, pontuou a governadora ao ressaltar o empenho dos governos estadual e federal nesse sentido.

“Queremos assegurar que não faltarão recursos orçamentários e financeiros para as obras que já estão aprovadas no plano (PAC)”, afirmou o ministro Waldez Góes, ao destacar a importância do Água para Todos, um programa federal contendo atualmente 69 empreendimentos, dos quais 63 no Nordeste.

Segundo o ministro, o Água Para Todos era um pequeno programa que virou um importante eixo do PAC com vários subeixos beneficiando todos os estados do Nordeste. “Certamente, o Rio Grande do Norte terá acima de R$ 6 bilhões”, previu o ministro.

Para o secretário estadual do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Paulo Varella, o anúncio feito pelo ministro “materializa o que pode ser construído a partir do diálogo. É possível trabalhar em conjunto na perspectiva de trazer desenvolvimento à região do Seridó, tendo a água como elemento estratégico”.

“Tenho certeza de que no primeiro semestre do próximo ano estaremos inaugurando as obras da Barragem de Oiticica”, expressou o prefeito de Jucurutu, Iogo Queiroz, ao receber a garantia de destinação dos recursos para conclusão das obras.

Presidente da Comissão das Águas na Assembleia Legislativa do RN, o líder do governo na Casa, Francisco do PT, disse estar “diante de um conjunto de obras importantes para garantir sustentabilidade hídrica para o Rio Grande do Norte”.

Oiticica

As obras do Complexo Oiticica, que incluem a barragem, a comunidade Nova Barra de Santana e as agrovilas foram iniciadas em 2013. A comunidade e uma das agrovilas já foram entregues. “Faz um ano que nos mudamos para essa comunidade bonita e acolhedora, bem diferente da que tínhamos, que não era saneada, não tinha nada planejado. Estamos recomeçando nossas vidas”, avaliou Rosário Medeiros, agente comunitária de saúde e representante do Movimento dos Atingidos e Atingidas pela Barragem. Faltam duas outras vilas para abrigar as famílias que estão na área inundável, a construção da estrada de acesso e o fechamento da parede da barragem.

Sobrevoo

No retorno para Natal, no meio da tarde, o ministro Waldez Góes e a governadora Fátima Bezerra sobrevoaram a barragem Passagem das Traíras e o Projeto Seridó.

O Projeto Seridó tem como principal objetivo garantir a segurança hídrica dos municípios da região do Seridó Potiguar, no semiárido nordestino, por meio da implantação de um conjunto de sistemas adutores com interligações entre grandes reservatórios.

Já a barragem de Passagem das Traíras tem capacidade de acumular 50 milhões de metros cúbicos. Foi construída para abastecer São José do Seridó, Jardim do Seridó e Caicó, e ainda servir para irrigação, criação de peixes e contenção de cheias no Seridó.Foto:Carmem Felix

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