Natal Sem Trincheiras acontecerá neste sábado entre os cruzamentos da Av Hermes da Fonseca com Av Alexandrino de Alencar

Os moradores e comerciantes da capital do estado do Rio Grande do Norte, Natal, estarão neste sábado (27) às 09:00 horas da manhã participando de um abraço às árvores da Avenida Salgado Filho no movimento “Natal Sem Trincheiras”.

O movimento “Natal Sem Trincheiras” vai reunir os moradores, movimentos sociais e comerciantes de Natal que estão pedindo a suspensão da execução do contrato no 925200/2021 no valor de R$ 25 Milhões de Reais firmado entre a Prefeitura Municipal do Natal e o antigo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), representado pela Caixa Econômica Federal, com vistas à construção de “trincheiras” no cruzamento das avenidas Alexandrino de Alencar com Hermes da Fonseca / Salgado Filho, na região central da cidade do Natal.
Segundo os participantes do movimento “Natal Sem Trincheiras” que estão pedindo a suspensão do contrato em um abaixo assinado destinado ao Ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho,eles explicam à construção de “trincheiras” com a suspensão do contrato estará evitando o desperdício de R$ 25 milhões de reais em uma obra desnecessária,evitando o corte de dezenas de árvores centenárias,prevenindo a desvalorização comercial e residencial na área afetada e vindo impedir a piora do trânsito em outros locais da capital do Rio Grande do Norte,Natal.

Em abaixo-assinado, o movimento “Natal Sem Trincheiras”,endereçam uma carta aberta ao Ministro das Cidades Jader Barbalho Filho.

Segue a Carta Abaixo Assinada

Natal, 27 de Maio de 2023

Ao Ministro das Cidades Jader Barbalho Filho

Prezado senhor

Nós abaixo assinados, moradores e comerciantes da cidade do Natal, Rio Grande do Norte, solicitamos, por meio desta, que o Ministério das Cidades suspenda a execução do contrato no 925200/2021 no valor de 25 Milhões de Reais firmado entre a Prefeitura Municipal do Natal e o antigo Ministério do Desenvolvimento Regional, representado pela Caixa Econômica Federal, com vistas à construção de “trincheiras” no cruzamento das avenidas Alexandrino de Alencar com Hermes da Fonseca / Salgado Filho, na região central da cidade do Natal.

Trata-se de uma obra cara e desnecessária, posto que há outras soluções mais eficientes, de muito menor custo e bem mais baixo impacto, sobretudo ambiental.

Não há para os próximos 10 a 20 anos qualquer perspectiva de que a frota de automóveis da cidade vá crescer a ponto de ultrapassar a capacidade daquelas vias de suportar aumento de tráfego de veículos.

Natal, inclusive, experimentou um decréscimo populacional nos últimos 10 anos, segundo prévia do censo 2022 divulgada recentemente pelo IBGE.

Não há, portanto, justificativa para uma intervenção tão drástica e cara quanto a construção de trincheiras naquele cruzamento.

Além disso, o projeto que a Prefeitura pretende executar criará novos gargalos de trânsito onde atualmente eles não existem: tanto na Avenida Alexandrino de Alencar quanto no eixo Hermes da Fonseca - Salgado Filho o projeto prevê redução das atuais 6 para apenas 4 faixas de rolagem naquele cruzamento, o que fará agravar a retenção de tráfego de veículos nos horários de pico.

E isso a um elevadíssimo custo ambiental e social: árvores centenárias serão suprimidas e a adoção desta solução que é típica de rodovias provocará a mesma redução de movimento no comércio local que se verificou em outros lugares onde em Natal mesmo trincheiras foram construídas, com perdas econômicas e consequente desvalorização de imóveis naquele entorno.

Natal precisa de soluções de mobilidade mais inteligentes e alinhadas às principais tendências urbanísticas para as cidades no século XXI. Sobretudo investimento na racionalização e melhoria da qualidade dos serviços de transporte público.

Por tudo isso, solicitamos que o Ministério das Cidades reavalie a conveniência dessa obra e encaminhe providências de modo a evitar o desperdício de recursos da ordem de 25 Milhões de Reais na sua execução.

Pelo que subscrevemos a presente carta." O abaixo assinado está disponível (Assine Aqui).Foto:Divulgação

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