O pilar da Ponte Costa e Silva (conhecida como ponte de Igapó), avariado durante um ataque criminoso na última quarta-feira (22) deverá ter o reparo iniciado imediatamente.
De acordo com especialistas, não há risco iminente de queda, mas caso não passe por reparo, o trecho atingido poderá ficar comprometido rapidamente com o trânsito de veículos.
A ponte, que liga as zonas Oeste e Norte de Natal, compõe um trecho da BR-101, portanto tem jurisdição federal. Por isso, assim que o ataque criminoso ocorreu, a governadora Fátima Bezerra entrou em contato com o ministro da Infraestrutura, Renan Filho, de quem ouviu palavras de total apoio.
“Sendo um equipamento que interessa ao nosso estado, fizemos a ponte entre os órgãos e buscamos junto ao Governo federal toda a garantia de que esse serviço possa ser executado o mais rápido possível”, disse o secretário estadual de Infraestrutura, Gustavo Coêlho.
As palavras do secretário foram ditas na tarde desta quinta-feira, durante uma entrevista coletiva que contou ainda com representantes do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea), Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) e Instituto Técnico e Científico de Perícia (Itep).
Tanto o Crea como o Dnit fizeram visitas técnicas e constataram que na ponte há danos por conta da bomba que foi explodida no local por criminosos, mas que podem ser reparados. O risco seria maior se houvesse tráfego, mas o trecho atingido fica do lado mais novo da ponte, no sentido Zona Norte-Quintas, e que já está interditado pela obra da avenida Felizardo Moura. “Importante alertar que o Crea fez essa visita, constatou o problema e alertamos. Agora estamos preparando um relatório para entregar ao Dnit”, disse Ana Adalgisa Dias, presidente do Crea. Segundo ela, o risco de colapso da estrutura deveria ser considerado se houvesse tráfego atualmente sobre o trecho atingido.
O superintendente local do Dnit, Eider Rocha, explicou que hoje já existem contratos com duas empresas para manutenção da ponte. O custo do reparo atingido pelo artefato criminoso não está previsto nos contratos. As empresas terceirizadas serão contactadas, para avaliação, diagnóstico, proposição de solução, aquisição de material e execução do reparo. Para o pagamento com um aditivo no contrato”, explicou Eider. Segundo ele, não há previsão para o início e conclusão do reparo.
O diretor geral do Itep, Marcos Brandão, também participou da coletiva e explicou que a perícia realizada pelo instituto é diferente da realizada por órgãos ligados à engenharia, como o Dnit. “Nossa perícia é criminal. Nós vamos a uma ocorrência dessas para definir a dinâmica do crime, o material utilizado e o apontamento de suspeitos de autoria do crime cometido”, disse Marcos. O laudo do Itep deve sair entre trinta e sessenta dias.Foto:Jacson Damasceno
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