Partidos de oposição acionaram nesta terça-feira (19) o STF (Supremo Tribunal Federal) para que o presidente Jair Bolsonaro (PL) seja investigado sob suspeita de crime contra as instituições democráticas devido à apresentação em que repetiu teorias da conspiração sobre urnas eletrônicas a embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada.
O pedido ao STF é assinado por parlamentares de PT, PSOL, PC do B, PDT, Rede, PSB e PV.
No pedido, os partidos afirmam que o mandatário não pode "usar do cargo de Presidente da República para subverter e atacar a ordem democrática, buscando criar verdadeiro caos no país e desestabilizar as instituições públicas".
Além dessa ação, o pré-candidato à Presidência Ciro Gomes e o seu partido, PDT, ingressaram no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) contra o presidente e também contra o Facebook com um pedido de remoção do vídeo no qual Bolsonaro fez a apresentação.
Aos embaixadores, nesta segunda (18), Bolsonaro tentou desacreditar o sistema eleitoral, promoveu novas ameaças golpistas e atacou ministros do STF.
O chefe do Executivo concentrou suas críticas nos ministros Alexandre de Moraes, Edson Fachin e Luís Roberto Barroso. Fachin é o atual presidente do TSE. Barroso presidiu a corte eleitoral, e Moraes deve comandar o tribunal durante as eleições.
O mandatário acusou o grupo de querer trazer instabilidade ao país, por desconsiderar as sugestões das Forças Armadas para modificações no sistema, a menos de três meses da disputa.
"Por que um grupo de três pessoas apenas quer trazer instabilidade para o nosso país, não aceita nada das sugestões das Forças Armadas, que foram convidadas?", disse.
Em mais de um momento, Bolsonaro tentou desacreditar os ministros, relacionando especialmente Fachin e Barroso ao PT e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O petista lidera as pesquisas de intenção de voto, a menos de 80 dias do pleito. Bolsonaro está em segundo lugar, com 19 pontos de diferença, segundo o Datafolha.Folhapress/Foto:Shutterstock
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