OMS faz recomendação de reduzir parceiros sexuais contra varíola dos macacos

Foi feito uma nova recomendação por parte da Organização Mundial da Saúde (OMS) que as pessoas diminuam número de parceiros sexuais por causa da varíola dos macacos.

De acordo com o médico Hans Kludge, diretor regional da OMS para a Europa, no momento, o principal meio de transmissão do vírus tem sido por encontros sexuais e por homens gays e bissexuais.

“Muitos, mas não todos os casos, relatam parceiros sexuais fugazes e/ou múltiplos, às vezes associados a grandes eventos ou festas”, explicou Kludge, na nota. Ele também disse que, embora os casos tenham se concentrado em homens que fazem sexo com homens, nada impede que ele se espalhe para outros grupos, independente do sexo, orientação ou atividade sexual e por isso é tão importante conscientizar sobre a doença.
“As comunidades gays e bissexuais têm alta conscientização e comportamento rápido de busca a atendimento de saúde quando se trata de sua própria saúde sexual e de suas comunidades. De fato, devemos aplaudi-los por sua apresentação precoce aos serviços de saúde”, diz.

O médico também disse que ainda que não se sabe se o vírus da varíola do macaco também pode ser transmitido de uma pessoa para outra por meio de sêmen ou fluidos vaginais. Apesar de não ter essa confirmação, a Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido (UKHSA) atualizou sua orientação pedindo às pessoas que usem preservativos durante o sexo por oito semanas após a eliminação do vírus. 

O que é certo é que o vírus é transmitido pelo contato direto com fluidos como sangue, pus, secreções respiratórias ou feridas de uma pessoa infectada. Tudo isso pode ocorrer naturalmente durante uma relação sexual.

Kluge reforçou que o vírus “não exigirá as mesmas medidas extensas da população” que a pandemia da covid, mas disse que uma ação “significativa e urgente” é necessária para evitar mais casos. 

Até o momento, 606 casos foram confirmados em todo o mundo, com mais 130 suspeitos desde que a primeira infecção, no início de maio. Pelo menos 70% dos casos suspeitos ou confirmados estão na Europa, concentrados no Reino Unido.Foto:Reprodução

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