Em audiência pública na CCT, Senador Jean destaca importância da democratização do 5G

Faltando pouco menos de um mês para o leilão que dará partida à implementação da tecnologia 5G no Brasil, o tema ainda é alvo de questionamentos.

O Senador Jean realizou nesta quinta-feira (07), uma audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) do Senado Federal para discutir a licitação da nova geração de internet móvel no país.

Para Jean, a principal questão sobre a adoção da tecnologia 5G é o acesso à tecnologia para todos os brasileiros. “Temos a preocupação em não aumentar o fosso social com a implantação do 5G. Sabemos dos benefícios dessa nova tecnologia, mas ela precisa alcançar, democraticamente, todos e todas”, disse o Senador.
O diretor de Infraestrutura do Tribunal de Contas da União (TCU), Paulo Sisnando de Araújo, frisou que a implantação dessa nova tecnologia trará a oportunidade de reduzir as desigualdades. “Hoje, 25% dos brasileiros não têm acesso nem à internet. O importante é levar internet para todos os brasileiros”, afirmou.

Já o Coordenador de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Rubens Caetano, reconheceu a dificuldade da conectividade em áreas rurais e afastadas do centro, mas ressaltou que o caráter não arrecadatório do leilão garantirá investimento em infraestrutura.

“O governo estima que o certame arrecade R$ 50 bilhões, sendo R$ 10 bilhões para os cofres da União e R$ 40 bilhões seriam destinados a investimentos”, argumentou.

O representante da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Nilo Pasquali, apontou o compromisso da agência com a ampliação da cobertura da banda larga e reforçou que o leilão vai garantir investimentos.

Outro ponto de atenção levantado pelo Senador Jean durante a audiência é quanto ao cumprimento dos compromissos previstos no edital, como a obrigação das operadoras de telefonia de levar internet de qualidade às escolas públicas.

Para o parlamentar, este é o momento de avaliar a inclusão de novas contrapartidas que assegurem a aplicação da tecnologia no setor público. “O estado precisa assegurar contrapartidas. Não adianta apresentar maravilhas do mundo privado e acessíveis a poucas pessoas se nós, neste momento, mesmo ao custo de adiar o leilão, não assegura os compromissos e contrapartidas que realmente beneficiem toda a população”, disse Jean.

A expectativa é que o 5G começará a ser oferecido pelas vencedoras do leilão até julho de 2022. A tecnologia deve estar disponível para grandes centros urbanos como São Paulo ainda em 2021.Foto:Divulgação

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