Estimular o consumo de produtos da pesca, atividade que envolve milhares de pessoas em todo o Brasil, é o foco principal da 18ª edição da Semana do Pescado, que será realizada entre 1º e 15 de setembro.
Originalmente criada pelo extinto Ministério da Pesca para incentivar as vendas, a campanha atualmente é organizada pelo próprio setor produtivo. A ação, que busca fortalecer o consumo do pescado nos lares brasileiros, é considerada uma “segunda quaresma”. Durante o período, ações como aumento na oferta do produto e preços atraentes são um diferencial.
“A Semana do Pescado foi concebida no Brasil por duas razões. A primeira, com o objetivo de criar a cultura do consumo de pescado, que é sinônimo de saúde e qualidade de vida, portanto é bom para todos. E segundo, porque o aumento do consumo em um país que tem mais de 200 milhões de habitantes, impacta diretamente a economia e especialmente a cadeia produtiva.
Ou seja, aumentar a demanda vai estimular a produção, gerar empregos, renda e riqueza para o Brasil, desenvolvendo o grande potencial produtivo que temos nas áreas da aquicultura e da pesca”, afirma um dos integrantes do comitê organizador da Semana do Pescado, Altemir Gregolin.
A campanha pretende ainda descentralizar as ações dos grandes centros de produção de consumo e pescado e atingir todas as cidades brasileiras. É uma forma de respeitar e contribuir com a pluralidade da cadeia produtiva nacional, que inclui desde os pequenos produtores artesanais até as grandes indústrias.
Para Márcio Milan, vice-presidente da ABRAS (Associação Brasileira de Supermercados), o evento incentiva a alimentação saudável. “A adesão a esta ação constitui em prestação de serviço para os 28 milhões de consumidores que passam diariamente pelas lojas do setor. Já para os supermercados é uma oportunidade de aperfeiçoar a comunicação e a execução de uma categoria bastante apreciada pelo brasileiro”, conclui.
Campanha estimula o consumo: Membro do comitê de coordenação da campanha, Pedro Pereira afirma que ocorre um aumento de até 50% nas vendas neste período, o que torna a Semana do Pescado a segunda principal data mais importante do ano para a comercialização, atrás apenas da Quaresma. Com suporte de entidades parceiras, além de empresas atuando em duas pontas: na oferta (setor produtivo) e na venda (junto ao consumidor final), os organizadores da Semana do Pescado buscam atingir todo território nacional.
“A ideia é ativar as associações e empresas para que se mobilizem para realizar ações de estímulo ao consumo durante a campanha”, esclarece Pereira.
Outro foco dos organizadores é ampliar a informação sobre as espécies e origens. A ideia é apresentar as inúmeras espécies provenientes da pesca e aquicultura, além da diversidade de produtos frescos, congelados e processados que estão disponíveis.
“Quando se fala em pescado, para muitas pessoas ele pode estar restrito apenas ao peixe, mas não é somente isso. Ele se refere a espécies marinhas, independentemente se for de água doce ou salgada, criados em cativeiro ou não. O pescado hoje inclui centenas de milhares de produtos que são encontrados no cotidiano”. A proposta busca ainda desmistificar que pescados são difíceis de serem preparados, limpos e armazenados, assim como a ideia de que o consumo deve estar atrelado somente a datas especiais.
A Semana do Pescado: A campanha é realizada anualmente na primeira quinzena de setembro com ações promocionais e eventos gastronômicos.
A edição de 2021 tem como patrocinadores a Alaska Seafood, Costa Sul, Seara, Conselho Norueguês de Pesca no Brasil, Câmara e a Associação Brasileira das Indústrias de Pescados (Abipesca), Associação Brasileira de Fomento ao Pescado (Abrapes), Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA ), Associação Brasileira de Criadores de Camarão (ABCC), entre outros. E conta com o apoio do Ministério da Agricultura, Secretaria Nacional de Pesca, Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) e Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). Foto:Pixabay
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