Secretário de Saúde pede colaboração da população em defesa da vida

Em entrevista concedida nesta segunda-feira, 3, ao Bom Dia RN, da Interv Cabugi, o secretário de Estado da Saúde, Cipriano Maia, explicou as decisões tomadas pelo Governo Estadual em torno das medidas de contenção do coronavírus no Rio Grande do Norte.

Questionado sobre o índice de isolamento do RN ter sido o menor do Nordeste neste fim de semana, o secretário reforçou a importância da conscientização por parte de gestores e da população. “A pandemia não acabou. Enquanto tivermos doentes e infectados, o risco pode ocorrer. Ainda temos um número de casos e óbitos muito alto, em torno de 7 a 10 mortes por dia por uma mesma doença, não é algo natural".
Cipriano também destacou a importância do embasamento científico nas tomadas de decisões pelos gestores. “O Governo do Estado tem buscado uniformizar as medidas, discutindo com todos os municípios, buscado o diálogo e atitudes mais cooperativas e solidárias".

Ele explicou que a retomada das atividades econômicas foi proposta de forma gradual pelo Comitê Científico que embasa as decisões válidas para todo o estado. "O risco de uma segunda onda da doença está ocorrendo em outros estados e países. A taxa de transmissibilidade está oscilando. Precisamos que a população colabore com atitudes de responsabilidade e em defesa da vida", destacou.

“No final de semana tivemos manchetes que mostraram o comportamento de alguns seguimentos da população e isso é assustador. A abertura antecipada de bares e shoppings, que estava proposta para acontecer a partir desta quarta (5), é preocupante”, alertou. 

O secretário também pontuou a importância do cumprimento dos decretos estaduais no enfrentamento da pandemia. “Precisamos de atitudes de defesa da vida, de cuidado e proteção das pessoas para não pôr a perder a retomada programada que foi proposta, com responsabilidade. São mais de 1.800 mortes no estado e não queremos que isso continue levando sofrimento às famílias”. 

Atendimento a gestantes de alto risco:  O secretário Cipriano lembrou que a contenção da pandemia do coronavírus é importante para desafogar o atendimento a outras patologias nos serviços de saúde, como as maternidades da capital, que tem enfrentado superlotação nos últimos dias.

De acordo com o fluxo estabelecido para atendimento a gestantes de alto risco durante a pandemia do coronavírus, o Hospital José Pedro Bezerra (Santa Catarina) atua como referência para receber as gestantes com a Covid-19, e a Maternidade Escola Januário Cicco passaria a receber gestantes não somente de Natal, mas de outras regiões do estado.

“Estamos nos reunindo para equacionar o problema, redirecionando fluxos para evitar a sobrecarga das maternidades. Isso é mais um alerta para a necessidade de diminuir a demanda de pacientes com Covid-19 e possibilitar atendimentos essenciais”.Foto:Sandro Menezes

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