Professora felipense aposentada do IFRN faz relatos de sua quarentena em Natal, e mostra com exclusividade fotos de uma cidade que parou

Dos seus barulhos ensurdecedores das manhãs e tardes nas ruas, avenidas, becos e vielas, a capital do estado do Rio Grande do Norte, Natal, tem vivido uma verdadeira calmaria, provocada pela ausência de milhares de pessoas que deixaram de sair de seus apartamentos e casas. 

A pandemia do coronavírus mudou toda uma rotina de milhões de pessoas em metrópoles no Brasil e no mundo. 

Residindo na capital potiguar, Natal, há quase duas décadas e meia, a professora felipense aposentada do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN), Erineide da Costa e Silva, moradora do bairro Tirol,fez uns relatos de como ela e o seu esposo professor José Cassimiro tem vivido esse período de quarentena. 
Rua Alberto Silva, paralelo ao maior shopping de Natal, Midway, com a avenida Salgado Filho está vazia como as demais outras ruas e avenidas da capital potiguar
Nas proximidades do cruzamento da Avenida Senador Salgado Filho com a Avenida Alexandrino de Alencar, está localizado o apartamento do casal Cassimiro e Erineide e convivendo com uma das mais privilegiadas visões dos principais pontos de maiores movimentações da cidade do Natal. 

Foi a partir da varanda do seu apartamento que ela se posicionou para registrar alguns desses pontos que antes era de grandes movimentações de carros e o vai e vem de milhares de pessoas que trafegavam pelas redondezas para irem trabalhares, estudarem e divertirem-se. 

Da janela do apartamento ela conta com a ajuda do esposo e faz o registro de algumas fotos na tarde desta terça-feira (24) exclusivamente para o Blog Salomão Medeiros. 

Um olhar sobre os nossos dias e do mundo:# Uma olhada no cenário a nossa volta, percebemos o quanto este mudou tão rápido. Tráfegos intensos, shopping lotado, consumo insustentável, pouca preocupação com próximo e até mesmo conosco, quando se trata da cultura do ser, da qualidade de vida... 

Em um curto momento, somos sacudidos por um inimigo invisível e perigoso que mexeu rapidamente com o cenário socioeconômico mundial. Não há muito o que se fazer, apenas respeitar a sua fúria, preocuparmos o quanto a vida é frágil e como é importante pensarmos no outro, no exercício do cuidado, no zelo por tudo e por todos que estão a nossa volta. 

Hoje, temos 6 dias de isolamento social. Isolamento este que temos enfrentado com serenidade e a seriedade que a questão requer. Enquanto isso, aproveitamos o momento para realizar tarefas domésticas, leituras adiadas, assistir a filmes, contatos com amigos e familiares distantes, orações e a certeza que tudo passa e que, certamente, o mundo não deverá ser o mesmo. 

Espera-se que o antropocentrismo, o egoísmo dará espaço para a alteridade, ecocentrismo, o amor ao próximo e a uma maior conexão conosco, com nossos semelhantes e com o Criador. Senão, a nossa humanidade não dará o salto necessário para sua evolução verdadeiramente humana! Assim, só nos resta ficar em casa!!! E fazer as reflexões necessárias que o momento nos impõe.Por#Fotos: Erineide da Costa e Silva é Professora felipense aposentada do IFRN

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