O presidente francês Emmanuel Macron disse nesta quinta-feira (22) que as queimadas na Amazônia geraram uma "crise internacional".
Pelo Twitter, Macron afirmou que discutirá o caso no G7 (grupo que reúne Alemanha, Canadá, França, Estados Unidos, Itália, Japão e Reino Unido). "Membros do G7, vejo vocês em dois dias para falar sobre esta emergência", escreveu.
"Nossa casa queima. Literalmente. A Amazônia, o pulmão do nosso planeta que produz 20% do nosso oxigênio, está em chamas", completou o presidente francês na publicação que traz ainda uma foto com o fogo consumindo a floresta.
Além de chamar a atenção para um incêndio sem precedentes que devasta diferentes pontos da Amazônia há vários dias, o governo francês também anunciou que vai desembolsar 9 milhões de euros em um programa de preservação ambiental específico para a Amazônia.
O programa foi divulgado pelo chanceler francês Jean-Yves Le Drian, considerado um dos braços direitos de Macron. "A França está muito preocupada com os numerosos incêndios, de magnitude sem precedentes, que afetaram a floresta amazônica há várias semanas", disse Le Drian.
Em julho, Le Drian esteve no Brasil, mas não conseguiu se encontrar com o presidente Jair Bolsonaro (PSL). O motivo: o presidente preferiu cortar os cabelos em vez de cumprir a agenda oficial.
O anúncio de ajuda financeira da França é mais uma tentativa de apoio oferecido por um país europeu em prol da maior floresta tropical do planeta.
Na semana passada, Alemanha e Dinamarca suspenderam os repasses que faziam ao Fundo Amazônia (que financiava ações de preservação) por causa do aumento do desmatamento na floresta.
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) reagiu. "Eu queria até mandar um recado para a senhora querida Angela Merkel, que suspendeu 80 milhões de dólares para a Amazônia. Pegue essa grana e refloreste a Alemanha, ok", disse Bolsonaro em entrevista.
"Na Amazônia, a França também é confrontada com esse risco na Guiana, e está conduzindo uma cooperação de longo prazo com os países da América do Sul para enfrentá-lo, particularmente por intermédio da Agência Francesa de Desenvolvimento", disse o chanceler em comunicado.
O projeto, segundo Le Drian, será lançado em 2020. "Estamos determinados a dar continuidade a esses esforços e a trabalhar com todos os atores da região (Estados, autoridades locais, ONGs, setor privado) comprometidos com a implementação dos objetivos de desenvolvimento sustentável, com o Acordo de Paris, e com a adoção em 2020 das próximas metas globais para a proteção da biodiversidade", afirmou Le Drian.Folhapress/Foto:Philippe Wojazer/Reuters
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