“Filipe 10 anos: o que aprendi da vida” conta a experiência de jovem que aos 8 anos não sabia ler ou escrever

“Filipe 10 anos: o que aprendi da vida” é o título do livro escrito por Filipe August Harrad Reis, agora com 13 anos. Filipe morava em uma comunidade no Rio de Janeiro e até os 7 anos de idade nunca tinha frequentado uma escola. 

Passava muito tempo na rua, em meio ao tráfico de drogas, e diz que a única regra que tinha na vida era não ter regras. Retirado da comunidade, passou um período em uma espécie de abrigo, conhecido como “família acolhedora”, também no Rio. 

Foi adotado aos 8 anos de idade, junto com a irmã Jéssica, pelo casal curitibano Toni Reis e David Harrad. Filipe foi alfabetizado na Escola Municipal Batel em Curitiba e quando completou 10 anos resolveu escrever à mão um livro com textos breves e desenhos sobre o que aprendeu da vida até chegar nessa idade. 
Ao longo de seis meses ou mais, foi elaborando o livro aos poucos, um tópico de cada vez, com o incentivo dos pais, da família estendida e da escola. 

Agora o livro caseiro foi transformado em um livro impresso pela Editora Appris, com ilustrações criadas pela adolescente Lívia Mendes. Em seu prefácio, a diretora da Escola Municipal Batel, professora Lucineia Percigili, nos informa que “apesar de sua pouca idade, a coragem desse menino em escrever sobre seu aprendizado de vida é contagiante e nos faz refletir sobre o como encaramos a vida e o que ela nos oferece cotidianamente. Resta dizer ao Filipe Augusto, o quanto ele também nos ensinou sobre dor, aceitação, recomeços, oportunidades, tolerância, reciprocidade, amor.” 

Filipe foi inspirado a escrever o livro pelo irmão mais velho, Alyson, hoje com 18 anos, que já tem dois livros publicados sobre a experiência da adoção tardia. Mas acima de tudo, Filipe diz que uma das maiores inspirações na sua vida tem sido a música “Muleque de Vila”, do rapper Projota, que Filipe vai cantar durante o lançamento de seu livro, no Teatro Londrina na Memorial de Curitiba, a partir das 11 horas no domingo, dia 2 de dezembro, com o apoio da Fundação Cultural de Curitiba/Prefeitura Municipal de Curitiba. 

Filipe diz que “para mim foi uma experiência muita bacana colocar meus aprendizados neste livro. Foi muito emocionante, mesmo aprendendo a ler e escrever tardiamente, consegui colocar por escrito para o mundo o que a vida me ensinou.”.Foto:Divulgação

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