“Coquetel de crise política” é a afirmação de Gilmar Mendes sobre momento vivido no Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes afirmou que acredita numa "pacificação" do país após o julgamento do habeas corpus preventivo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva,marcado para acontecer hoje no Supremo Tribunal Federal,em Brasília. 

Ainda de acordo com declarações dadas por ele,ontem,logo após ter participado de um seminário em Lisboa,em Portugal,ele deixou a capital portuguesa para retornar para Brasília,onde irá participar do julgamento. 

"Acredito numa pacificação, não num aumento de conflitos. Talvez um aumento aqui e acolá, palavras mais duras, palavras de ordem, mas não me parece que haverá uma sublevação [...] Qualquer que seja o resultado, pró-execução em segundo grau ou não, me parece que haverá uma pacificação", afirmou Gilmar Mendes, quando questionado sobre a tensão em torno do julgamento. 
De acordo com informações do G1,o ministro Gilmar Mendes fez ainda uma afirmação do que está vivendo o Brasil,classificando o momento de tensão,alimentado por um “Coquetel” feito de crise política misturada com a proximidade das eleições. 

"Nós temos aqui um coquetel neste momento: toda a crise política, muito adensada, misturada com as eleições. É um quadro grave que contribui para esta divisão", disse o ministro. "Um candidato a presidente, já condenado em segundo grau, mas que lidera as pesquisas. Isso é um componente mais grave para esse coquetel. Tudo isso contribui para essa tensão", completou. 

Segundo o ministro, o tribunal precisa "esclarecer essa confusão", em referência à permissão ou proibição da prisão após segunda instância. 

"Para mim é uma grande confusão que nós temos de esclarecer. Se o juiz após a segunda instância pode prender, ele tem de fundamentar, explicar por que ele está aplicando a prisão. Se de fato há uma automaticidade, nós temos de esclarecer. Porque há uma grande confusão", afirmou Mendes. 

O STF vai julgar o pedido apresentado pela defesa do ex-presidente,que quer garantir que ele não seja preso,mesmo após ter sido condenado na segunda instância de 12 anos e mês de cadeia.Foto:Reuters

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