A etapa de Minas Gerais da caravana Lula Pelo Brasil termina nesta segunda-feira (30), em Belo Horizonte. Durante a viagem, o ex-presidente percorreu, de ônibus, 20 cidades, apesar de inicialmente estarem previstas apenas 12, em um total de 1.500 quilômetros, durante oito dias.
O último destino é a capital mineira, onde será realizado, na Praça da Estação, local de encontro das manifestações de esquerda, um ato de encerramento. Na ocasião, o ex-presidente estará acompanhado do governador Fernando Pimentel e da ex-presidente Dilma Rousseff. O primeiro deve concorrer à reeleição, em 2018, enquanto a petista segue cotada para disputar o Senado.
O evento terá como tônica a cultura e os movimentos sociais e populares mineiros, quando serão realizadas exposições e tendas que pintam a realidade e a complexidade cultural de Belo Horizonte.
Nos últimos dias, Lula falou sobre sua candidatura ao Planalto e, mais uma vez, desafiou os investigadores da Lava Jato a provarem que ele está envolvido em esquemas de corrupção. Também afirmou que somente as urnas poderão decidir sobre o seu destino. “E vai ser muito difícil me derrotar”, garantiu.
O ex-presidente ainda voltou a atacar Michel Temer, acusando-o de ser responsável pelo que chamou de "retrocessos ao povo brasileiro".
De acordo com o jornal Estado de Minas, o petista conseguiu adiar um depoimento que daria à Justiça, na Operação Zelotes, para estar em Belo Horizonte nesta segunda. Ele seria ouvido na ação que apura se Lula influenciou a escolha da empresa sueca Saab para o fornecimento de 36 caças à Aeronáutica.
O interrogatório estava marcado para ocorrer hoje, mas o desembargador Néviton Guedes, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), atendeu ao pedido feito pela defesa de ambos, para que eles só falem após todas as testemunhas do processo serem ouvidas.
Os advogados solicitaram que autoridades e empresários na França e na Suécia prestem depoimento.Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação