A Coreia do Sul "vai pagar o mais alto preço por condenar o recente teste de míssil balístico intercontinental" norte-coreano, escreveu no sábado o jornal norte-coreano Rodong Sinmun.
A Assembleia Nacional da Coreia do Sul adotou em 18 de julho uma resolução condenando o teste do míssil norte coreano Hwasong-14 realizado em 4 de julho, dizendo que a continuação das provocações norte-coreanas levará "à extinção permanente" de seus dirigentes.
Respondendo a essa declaração, o jornal norte-coreano sustentou que a Coreia do Sul "pagará o mais alto preço por se atrever a desafiar o nosso sistema e medidas de autodefesa", relata a Yonhap.
Seul declarou recentemente que quer realizar um diálogo de alto nível sobre as questões militares e humanitárias com a Coreia do Norte, mas Pyongyang chamou essa proposta de "contrassenso".
Em vez disso, a Coreia do Norte acusa seu vizinho do sul de apenas aumentar a hostilidade e a tensão com esta resolução e não fazer nada para promover a unidade ou a unificação.
Enquanto isso, a Coreia do Norte continua aperfeiçoando sua tecnologia ICBM (mísseis balísticos intercontinentais).
"O exército e o povo da República Popular Democrática da Coreia permanecem inabaláveis em sua vontade de não se afastarem nem um centímetro do rumo para impulsionar sua força nuclear, até que a política hostil dos EUA e a sua ameaça nuclear não sejam completamente removidas", se lê no Rodong Sinmun.
O míssil balístico "intercontinental" Hwasong-14 parece ter a capacidade de alcançar os estados americanos do Havaí ou do Alasca, embora a precisão deste míssil provoque debates. Apesar de tudo, o recente teste demonstrou um salto na capacidade tecnológica da Coreia do Norte. Com informações do Sputnik Brasil Foto:KCNA KCNA/Reuters