A Polícia
Federal prendeu preventivamente na manhã de ontem(1º) vice-presidente do
Facebook na América Latina, Diego Dzodan. Ele foi preso enquanto ia para o
trabalho, no bairro Itaim Bibi, zona sul da capital paulista.
Segundo a PF,
a rede social descumpriu ordens judiciais que exigiam a liberação de
informações presentes na página. Os dados seriam usados na produção de provas
de investigações ligadas ao crime organizado e ao tráfico de drogas, que
tramitam em segredo de justiça no Juízo Criminal da Comarca de Lagarto, em
Sergipe. O pedido de prisão foi feito pelo juiz Marcel Maia Montalvão.
Diego Dzodan é
argentino e mora no Brasil. Ele prestou depoimento na Superintendência da
Polícia Federal em São Paulo, onde permanecerá preso à disposição da Justiça.
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Vice-Presidente do Facebook,Diego Dzodan foi preso ontem pela manhã em São Paulo |
Mais cedo, o
juiz Marcel Montalvão informou que o processo corre em segredo de justiça e a
única informação que pode ser divulgada no momento é que se trata de um
processo de tráfico de drogas interestadual, em que a Polícia Federal solicitou
ao Juízo a quebra do sigilo de mensagens trocadas no WhatsApp.
A PF já havia
feito três pedidos à empresa Facebook, que não liberou as conversas
solicitadas. Diante das negativas, o juiz determinou uma multa diária de R$ 50
mil. Mesmo assim, o Facebook não atendeu ao pedido de liberação das conversas.
A multa diária foi, então, elevada para R$ 1 milhão e, ainda assim, a empresa
não cumpriu a determinação judicial de quebra do sigilo das conversas do
aplicativo WhatsApp.
Como as
determinações judiciais foram descumpridas, Montalvão decretou a prisão do
responsável pela empresa no Brasil, usando como argumento o fato de ele impedir
a investigação policial, com base no Artigo 2º, da Lei 12.850/2013.
Facebook-Em nota, a assessoria de imprensa do
Facebook considerou "extrema e desproporcional" a prisão do
executivo, que foi escoltado até a delegacia. A empresa informou que o caso
envolve o WhatsApp, que opera separadamente da rede social. "O Facebook
sempre esteve e sempre estará disponível para responder às questões que as
autoridades brasileiras possam ter", informa o texto.
Em fevereiro
de 2014, a rede social criada por Mark Zuckerberg anunciou a compra da empresa
que administra o Whatsapp por US$ 19 bilhões.Foto:Reprodução Página do Facebook/Agência
Brasil
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