Aumento do ticket médio e participação das classes A e B elevam faturamento do e-commerce no ano de 2015



O e-commerce pode trazer algum alento para o comércio em 2016. Mesmo com participação de apenas 3,3% no total de vendas do varejo no ano passado, esse canal lidera a intenção de compra dos consumidores em um momento em que eles estão cada vez mais cautelosos com seus gastos. 

Só no estado de São Paulo, primeiro colocado no mercado de consumo online, com 37,7% de participação, 82,5% dos paulistas pretendem adquirir algum produto a partir do computador ou smartphone, praticamente o dobro do que é declarado em relação ao varejo físico. 


A projeção da E-bit/Buscapé é de que, até o final de 2016, o e-commerce no País fature R$ 44,6 bilhões, acréscimo de 8% nominal em relação a 2015. A quantidade de pedidos, entretanto, deve se manter estável, acumulando 106,2 milhões de transações, depois de registrar 3% de crescimento frente a 2014.


“A crise se agravou, com isso, os consumidores migram para o comércio eletrônico com o objetivo de encontrar melhores preços e, assim, economizar”, observa André Ricardo Dias, diretor executivo da E-bit/Buscapé, que realiza há 16 anos a pesquisa WebShoppers, levantamento semestral sobre o cenário do comércio eletrônico no País. 

Na última edição do relatório, divulgada, com dados consolidados de 2015, o crescimento de 15% no faturamento do segmento (R$ 41,3 bilhões) foi assegurado pelo aumento do ticket médio das compras online e, também, pela maior participação dos consumidores das classes A e B, que não sentiram tanto o aperto na renda como a classe média emergente. Esta foi responsável por 39% dos pedidos feitos em dezembro de 2015, participação abaixo dos 54% registrados há dois anos antes. 

Infográfico traz uma demonstração do aumento da participação das classes A e B e suas regiões no Brasil

Itens como novos modelos de smartphones, TVs de última geração, geladeiras e fogões mais equipados também contribuíram para a elevação do tíquete médio em 2015. Trata-se de compras feitas com o objetivo de ampliar o tempo de uso desses equipamentos, sem a necessidade de trocá-los a curto ou médio prazo. 

No período, os brasileiros desembolsaram, em média, R$ 388 por produto, 12% a mais do que em 2014. A inflação também pressionou esse aumento, com variação anual de 9,24%, influenciado por categorias vulneráveis ao câmbio e que têm peso significativo na cesta do e-commerce, como os eletrônicos, informática, fotografia e telefonia. 


O aumento de preço mostra uma maturidade no comércio eletrônico nacional. Há uma preocupação grande das varejistas de terem operações rentáveis, tanto que o frete grátis deixou de ser prática comum nesse mercado e há menor tolerância com a queima de margens pelas redes de varejo online.


“Antes, o frete grátis era uma estratégia para atrair o consumidor. Ele representa o segundo maior custo da operação e isso deve ser compreendido pelos clientes, era uma cultura equivocada”, diz Pedro Guasti, fundador da E-bit e vice-presidente de relações institucionais do Buscapé Company. Outro sinal de evolução desse mercado no País é o índice de satisfação do brasileiro com a sua experiência online: 67% dos entrevistados pelo WebShoppers a classificaram como positiva, o maior índice já registrado pela pesquisa.


O panorama esboçado pela pesquisa mostrou, também, que metade dos internautas do País, mais de 39 milhões de pessoas, compram no comércio eletrônico. Ainda há espaço para crescer, inclusive por meio de dispositivos móveis. 

No ano passado, 12% das vendas do setor foram realizadas a partir de smartphones e tablets. Só no mês de dezembro de 2015, essa porcentagem foi de 14,3%. “Temos muitas oportunidades. A conversão ainda é muita baixa, representa um terço em relação aos desktops”, informa Dias.


O panorama esboçado pela pesquisa mostrou, também, que metade dos internautas do País, mais de 39 milhões de pessoas, compram no comércio eletrônico. Ainda há espaço para crescer, inclusive pelo intermédio de dispositivos móveis. 

Em 2015, 12% das vendas do setor foram realizadas a partir de smartphones e tablets. Só no mês de dezembro, essa porcentagem foi de 14,3%. “Ainda temos muitas oportunidades. A conversão ainda é muita baixa, representa um terço em relação aos desktops”, informa Dias. Por Igor Carvalho/Redação Eletrolar News/Infográfico

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